A doutrina do magistrado menor¹ ensina que quando uma autoridade civil superior ou em uma posição mais elevada estipula leis e políticas imorais ou injustas, o magistrado menor ou inferior tem tanto o direito quanto o dever de recusar obediência à autoridade superior. Se necessário, as autoridades menores podem até mesmo resistir ativamente a autoridade maior.
Deus estabeleceu quatro esferas de governo as quais ele delega autoridade. São elas: (1) o auto-governo; (2) o governo da família; (3) o governo da igreja; (4) o governo civil. Cada um deles tem a sua própria função, finalidade e jurisdição. A autoridade que um indivíduo possui em qualquer uma dessas quatro esferas de governo é uma autoridade delegada. Em outras palavras, eles derivam a sua autoridade de Deus. Sua autoridade não é autônoma ou incondicional. Sua autoridade é dada por Deus, e portanto, eles tem o dever de governar de acordo com o governo dele. Quando alguém em uma posição de autoridade faz leis ou decretos contrários às lei de Deus, eles estão se rebelando contra o governo de Deus. Aqueles que estão debaixo da autoridade desses homens tem o dever de não obedecê-los quando eles fazem isso. Eles podem até mesmo ter que resistir a esses homens ativamente.
| Notas:
| 1. A Confissão de Magdeburg (1550) é um dos mais importantes eventos envolvendo a doutrina dos magistrados menores. Homens como John Knox, Theodore Beza e Phillip Mornay foram profundamente impactados por essa confissão, e esse grande escrito influenciou toda a civilização ocidental.
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Tradução de Thiago McHertt
Texto original disponível aqui.